Na sessão ordinária realizada na última quinta-feira dia (03/04/2025), na Câmara Municipal, o vereador Edy da Saúde (PSD) usou a tribuna para se pronunciar sobre o crescimento alarmante da violência contra a mulher em Alagoinhas. Com tom de indignação e pesar, o parlamentar relatou o impacto que tem sentido ao acompanhar, no cotidiano e nas redes sociais, inúmeros casos de agressões e feminicídios.
“Venho, com muita tristeza, relatar o crescimento alarmante da violência contra a mulher”, iniciou o parlamentar. “Há semanas tenho acompanhado reportagens na televisão, no rádio e também presenciado casos no dia a dia, aqui mesmo na cidade”.
O vereador fez um apelo para que a Câmara Municipal e a sociedade como um todo reflitam e proponham soluções concretas. “É preciso que reflitamos sobre esse problema, para que possamos dar um basta na violência contra a mulher”, afirmou, destacando a necessidade de intensificar o combate às agressões físicas.
Em sua fala, a vereadora Luma Menezes (PDT) parabenizou Edy da Saúde por seu pronunciamento, destacando a importância de o tema da violência contra as mulheres ser abordado por um homem no exercício do parlamento. “Geralmente, somos nós, vereadoras, que trazemos esse assunto para a discussão e chamamos a atenção da sociedade”, afirmou. “Mas é fundamental contar com a força da coletividade como um todo para apoiar essa pauta. Os homens têm um papel extremamente importante — a luta pelos direitos das mulheres também é uma responsabilidade deles”, disse.
A vereadora Juci Cardoso (PT) falou sobre a necessidade da atenção ao crescimento das diversas violências contra as mulheres, como as simbólicas, que perpassam pelo silenciamento de vozes femininas. “Ao longo de toda a história brasileira, os homens decidiram por nós”, salientou. “Por isso, embora a luta por uma sociedade sem violência contra as mulheres seja de responsabilidade de todas as pessoas, o protagonismo deve ser feminino”, pontuou.
Por fim, o vereador Edy da Saúde destacou que os sinais de agressão devem ser percebidos precocemente, a fim de que a perpetuação de uma relação violenta não progrida para ocorrências ainda mais graves. “Quando ocorre um aperto no braço, um empurrão, já é possível perceber que há algo de errado. Trago este assunto hoje na esperança de um basta nessas agressões”, concluiu.
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