Foi realizado em Alagoinhas interior da Bahia, localizado na região do Litoral Norte e Agreste baiano, a cerca de 118 km de distância de Salvador, o maior evento de inclusão social e diversidade cultural da periferia. Participaram da festa vários artistas e personalidades.
Durante toda a tarde e inicio da noite do último domingo, dia (06/04/2025) a Praça de Santa Terezinha (conhecida como Praça de Lídeo da Codorna) contou com apresentações de diversos grupos de capoeira, como:
Mestre Iran e a capoeira angola
Associação de Capoeira Pomba Branca, com mestre Tché Pintado
Capoeira Quilombo de Maré, com mestre Maresia
Filhos de Shalom, com mestre Dêda
Academia de capoeira Santo Antônio, com o contramestre Clebinho
ASACA – Associação de capoeira de Alagoinhas
Escola de capoeira, mestre Nildo Morgado
Grupo folclórico Jim, do baiano graduado Alan
Capoeira A África.
Assista logo abaixo um trecho do vídeo da apresentação de capoeira:
A apresentação musical de Anderson Xará chamou a atenção do público presente com canções da MPB. Outro artista que mostrou seu talento foi o saxofonista e instrumentista Diego Reis (deficiente visual) que tocou e encantou a todos pela sua performance.
A festa prosseguiu com Tambores Abençoados que com sua percussão fez todos vibrarem com o som de seus instrumentos, principalmente com o show das meninas e meninos que se apresentaram e envolveram a todos que acompanharam de perto, sua regência ficou por conta do professor de música, artesão e Presidente Danilo Ramos.
Assista logo abaixo um vídeo com um pequeno trecho da apresentação de Tambores Abençoados:
Maikon professor e Presidente do Movimento Afro na Bahia em uma breve palestra relatou um pouco de sua trajetória à frente do movimento negro, e das dificuldades enfrentadas como morador de um dos bairros mais violentos da cidade de Salvador, Nordeste de Amaralina.
Estiveram presentes também Renildo Barbosa Presidente do Movimento Inclusão e Diversidade da Bahia e Rogério Montargil advogado e Procurador do municipio de Alagoinhas
A apresentação dos artistas ficou por conta de Nildo Morgado.
O escritor e poeta especialista em literatura de cordel já consagrado e conhecido pelo público leitor, José Olívio, que prestou homenagem às mulheres e indígenas. Em sua fala, ele mencionou o lado trágico da guerra “a guerra é um local onde jovens que não se conhecem e não se odeiam se matam! Por decisão de velhos que se conhecem e se odeiam, mas não se matam! Mas jamais pegam no fuzil”, a frase é de autoria do piloto de caça alemão Erich Hartmann que atuou durante a Segunda Guerra Mundial. Por fim, o cordelista traduziu e interpretou a canção de John Lenon dos Beatles, Imagine. E, diga-se de passagem, uma bela interpretação!
Ao palco também se apresentou Sam Araújo, que mostrou como a sanfona mexe com os nordestinos, com músicas que relembraram Luiz Gonzaga e a festa tradicional nordestina que mais nos traz prazer e alegria, o São João.
MC Mamah, com o Hip Hop, mostrou um pouco de sua história de vida como na periferia de Alagoinhas, retratando a violência em comunidades pobre.
Ouça logo abaixo o áudio com a entrevista completa concedida por Mamah a nossa reportagem:
O produtor cultural Neilton Santos, homem dedicado à cultura e à inclusão social, agradeceu a todos que estiveram presentes, falando do evento criado para inclusão e diversidade na periferia da cidade tem o objetivo de mostrar que todo artista Pcds, Lgbts precisam ter visibilidade. Ele prometeu fazer o maior evento cultural de todos os tempos do bairro Santa Terezinha no dia (30/04/2025). A equipe responsável pelo projeto: inclusão e diversidade na periferia da cidade foi composta por Neilton Santos, Rosilda Santos, mestre Iran Boa Ventura, Léo Sanz, Gean Lucas, Nildo Morgado, Tâmara Natielle, Rômulo Dalto, contou com a sonorização de Preto Som. A equipe de fimagem Diamartfotos.
A festa foi encerrada com a fala do influenciador digital, decorador e militante dos direitos da população negra Léo Sanz, que falo da diversidade musical, cultural, inclusão e dos diversos tipos de racismo que existem.