Uma cidade do interior baiano cujo administrador é um médico e não consegue dar um atendimento digno nos postos de saúde (PSF) a uma população de 141.949 (Censo IBGE,2010). Assim é Alagoinhas, um município do Litoral Norte e Agreste Baiano.
Passar a noite em claro tem se tornado algo corriqueiro para aqueles que buscam marcação de exames.
A Rse Notícias esteve em um desses locais de marcação as 21:00h e constatou um número considerável de pessoas no Posto do PSF no Bairro do Jardim Pedro Braga, localizado na Av. Antônio Paolilo que atende também moradores do Bairro Santo Antônio. Lá conversamos com mães e pais que haviam chegado as 17:30h na última quinta-feira dia (28/02) e que vem acontecendo desde então.
Entre os relatos por nós colhido verificamos que a fila se forma devido ao pouco número de fichas que são distribuídas a população, e se sabe que aquelas pessoas que chegam depois provavelmente terão que retornar outro dia para uma nova tentativa de marcação.
Seria isso um descaso ou ingerência político-administrativa?
Além disso, não há médico na referida unidade de saúde e quem deseja marcar para ser atendido por um desses profissionais deverá esperar. Um dia, quem sabe! E que pode acontecer a cada 30/60 ou até 90 dias para uma consulta.
Quando chegamos lá a fila já estava com cerca de 20 pessoas e a cada momento chegavam mais. Certamente se formou um número bem maior do que o inicial, pois quem lá estava só seria atendido a partir das 07:30h do dia seguinte, ou seja, sexta-feira.
O que mais lastimamos é o fato daquelas pessoas terem que sair de suas residências a tarde e ficarem na calçada se expondo a riscos de chuva, assaltos e outros interstícios que podem acontecer. Dormir na calçada não é nada seguro nem confortável, sabemos disso!
Até a data da publicação desta matéria o atendimento nos postos de saúde permaneceu inalterado.
Constrangimento e aborrecimento causado a moradores que para lá se deslocam, ouça a reclamação de algumas dessas pessoas que registramos em áudio.