Com coreografia que retratava o período do cangaço no Brasil, representado por Maria Bonita,  Lampião e seus cangaceiros, personagens que estiveram presentes no nordeste brasileiro entre os anos de 1922 e 1938, a quadrilha junina Balancear do Catuzinho (comunidade quilombola de Aramari-Ba) arrancou aplausos e emocionou o público de Sítio Novo. 

Cenas que mostravam a época da cultura patriarcal na sociedade brasileira e seus costumes , pois, caso o homem estivesse namorando uma moça e a deflorasse (tirasse a virgindade) ele era obrigado a se casar com ela, porém se não o fizesse  a ponta da lambedeira (faca bem afiada) era encostada no pescoço do rapaz ou então ele ficava sob a mira de uma arma, isso era feito na presença de um padre, juiz e/ou delegado de polícia, assim a data do casamento a parti dali acabava marcada pela família da moça, deixando os nervos do noivo à flor da pele!

Com a chegada do dia da realização da cerimônia de oficialização do casamento, famílias inteiras compareciam a igreja para prestigiar os noivos, porém nesse momento o padre entra na igreja para celebrar a união do casal, completamente embriagado, deixando todos perplexos e mesmo assim, declara casado os noivos, seguindo dai gracejos, gargalhadas de todos os que compareciam a festa. “como pode um padre realizar um casamento bêbado!?” 

 A apresentação das quadrilhas ocorreu no último domingo, dia (23/06/2024) na principal praça da comunidade de Sítio Novo. Se apresentaram as quadrilhas: Rosas Vermelhas da própria comunidade, que com sua dança e a representação de um casamento do rei e da rainha fez todos vibrarem. A Balancear do Catuzinho mostrou através de sua coreografia a cultura nordestina e local como o samba de roda, e o dia a dia dessa comunidade quilombola com o uso da mandioca, a fabricação de farinha, beijú, pé de moleque, bolacha de goma e outras guloseimas típicas da região.

A quadrilha da cidade de Itanagra, Pedra do Sertão mostrou muita alegria, e conquistou o público, retratando a intolerância religiosa. Música, dança e vestes relembravam os valores da roça tudo combinando com o maior São João do Brasil, tudo isso no Nordeste do país.