A festa em comemoração aos duzentos anos de independência da Bahia foi realizada na noite dessa quinta-feira dia (29/06/2023) no Palacete Góes Calmon, localizado na Avenida Joana Angélica198, na capital baiana, e contou com a presença de representantes de 33 academias de letras, que fazem parte da RICA - Rede de Integração das Academias de Letras da Bahia. Durante a solenidade, o Hino ao dois de Julho e ao Senhor do Bonfim foram executados pela Orquestra Sizaleira de Conceição do Coité sob a batuta do Maestro Josevaldo Nin. Essa festa faz parte das muitas que ocorrerão por toda a Bahia.

Ordep Serra Presidente da ALB abriu a cerimonia enfatizando que a independência do Brasil foi conquistada na Bahia.  A luta faz parte do movimento para o reconhecimento do 2 de julho de 1823, como a verdadeira independência do Brasil.

A conferência foi proferida pelo professor e pesquisador do Departamento de História da University of Calgary, Canadá, Hendrik Kraay com o tema: "A festa negra: escravizados, africanos e afrodescendentes na comemoração ao 2 de Julho, 1824-1888". Ele é autor da obra "Bahia's Independence: Popular Politics and Patriotic Festival in Salvador, Brazil, 1824-1900" publicado em 2019.

Entre os participantes estavam, o presidente da ABI – Associação Baiana de Imprensa Ernesto Marques, a vice-presidente da Academia Barreirense de Letras Miriam Hermes, e o escritor Sílvio Pereira vice-presidente da Caspal (Casa do Poeta de Alagoinhas), e autor da obra O Cosmopolita, lançado na 26ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo em 2022 e outros convidados. 

Em entrevista, a nossa reportagem, Ordep Serra, destacou que a importância da celebração, é o empenho da academia na luta pela democracia, combate ao obscurantismo e luta pela liberdade. Ao perguntarmos sobre qual o resultado esperado por ele nessa cerimonia, ele enfatizou que espera avivar a memoria nacional e lançar apelo para que a liberdade se torne efetiva cada vez mais no Brasil.

FONTE: portal da ALB.